quinta-feira, 28 de julho de 2011

Grupo de Acesso B - Unidos de Vila Santa Tereza Carnaval 2012


Foto: DivulgaçãoA escola de samba Unidos da Vila Santa Tereza, atual campeã do Grupo de Acesso C divulgou, nesta quinta-feira, a sinopse do enredo "A Vila na magia dos brinquedos", desenvolvido pelos carnavalescos Raphael Torres e Alexandre Rangel. A azul e branca volta à Marques de Sapucaí após 19 anos.

Os carnavalescos estarão na quadra da escola, dia 13 de agosto, a partir das 10h, para conversar com os compositores. Até o dia 8 de setembro, os sambas devem ser entregues. A disputa começará no dia 16 de setembro, a partir das 23h.

A agremiação será a primeira a desfilar pelo Grupo de Acesso B, terça-feira de Carnaval.
Justificativa:
Quão fascinante é o universo dos brinquedos! Bonecas, soldadinhos de chumbo, 
bonecos super-heróis, pipas, jogos de tabuleiro, vídeo games... Quem é que um dia já
não teve um ou que simplesmente daria tudo para tê-lo?

Os brinquedos carregam em si o signo da fantasia que povoa os bons tempos decriança. E mesmo depois de adulto, onde o brincar já não tem mais a importância deantes, é impossível não se sentir atraído e encantado por eles. O ato de brincarcompleta o mundo mágico infantil, pois é uma das principais formas de autodescoberta e vivência da própria criança, partindo da percepção de seus limites e de suas possibilidades, explorando seu ambiente através de suas brincadeiras de uma maneira saudável e produtiva, contribuindo assim para a integração de suas primeiras experiências culturais.

Confira a sinopse do enredo:

Fábrica de Sonhos

A fábrica de sonhos se abre e o Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos da VilaSanta Tereza te convida a entrar e conhecer o fantástico universo de magia do mundo dos brinquedos, onde as brincadeiras ganham vida para despertar a criança que existe em cada um de nós na grande aventura de brincar no mundo do faz de conta.

Cavalos alados te conduzem a uma incrível e fantástica viagem nas dependências dafábrica de brinquedos, a conhecer o mundo de encanto e magia dos brinquedos e dasbrincadeiras, onde sonhos se tornam realidade no mundo de fantasias.

O despertar da vida

É Desde pequeno que nós aprendemos a gostar de brincar. No mundo onde tudo énovidade e magia, a imaginação viaja na nossa própria realidade de desejos, sonhos efantasias.

Objetos voadores (móbiles) nos distraem e nos fazem dormir, sons divertidos(chocalhos) chamam nossa atenção, blocos coloridos de montar nos ensinam aconstruir, bichinhos de pelúcia e bonecas de pano nos fazem companhia pelo longoperíodo de nossas vidas, caixinha de surpresa nos faz ficar curiosos. Quem seria capaz de adivinhar o que há no seu conteúdo? É assim que começamos a compreender o significado do brinquedo e das brincadeiras no cotidiano infantil.

Um mundo a conquistar

Vivenciando e explorando o mundo dos brinquedos e descobrindo a diversidade dasbrincadeiras que nos encantam e nos fazem felizes. Estas atividades estão na gênesedo pensamento, da descoberta de si mesmo, da possibilidade de experimentar novas 
situações, de criar, de aprender e de ressignificar a própria realidade.

Bolas, carrinhos, ioiôs, piões... Super-heróis, marionetes... Quantos brinquedos mais 
fazem brilhar os olhinhos dos pequenos? Aliás, o ingrediente mais importante desses 
brinquedos está na imensidão que surge por trás de um olhar de criança, cheio de 
personagens e mundo-imaginário. Não precisa mais nada e a magia já acontece.

O jogo da vida

O jogo da vida começa desde pequeno quando começamos a entender um conjunto de regras e significações próprias do ato de brincar ou jogar.
Para muitos a brincadeira e os jogos servem como simples forma de passatempo eentretenimento, porém cada vez mais se tem reconhecido a importância do lúdico como 
ferramenta facilitadora no processo de aprendizagem. Quebra cabeça, dominó, baralho, jogos de tabuleiro, jogo de botão (Ah, que saudade da disputa emocionante dos jogos! 
"Sou o melhor!" "Meu time é o bom!" "Sou o rei dos campos de botão!") e jogoseletrônicos. Há uma infinidade de jogos e brincadeiras que ultrapassaram o tempo epermanecem vivos até hoje na memória de todos nós.                

 Carnavalescos: Raphael Torres e Alexandre Rangel
Revisão de texto: Jorge Luiz

Grupo de Acesso B - União de Jacarepaguá SINOPSE 2012


Foto: Reprodução de InternetA União de Jacarepaguá divulgou a sinopse do enredo "O pequeno Grande Rei", de autoria do carnavalesco Waldecyr Rosas.
Confira:
- "O REI está nu!"
O que está acontecendo? No meio da multidão, grita de lá o menino, prestando atenção naquela encenação que ele não entende a intenção. Percebe que aquela figura, que é destaque daquela escola, conta na sua história, as artimanhas da vida, onde a encenação, atende a uma especulação da sociedade anarquista, derrubada pela sua observação.  Quando o povo grita -"menino louco, menino burro, não vê A ROUPA NOVA DO REI?
Tamanho é o envolvimento, com aquela situação, que o menino assustado, percebe que o REI pelado responde a uma intenção, que vem da multidão, que quer ser vista com aceitação, pois tem o dinheiro acima de qualquer questão. Aquela história, alegoricamente apresentada, retrata a grande cilada de uma sociedade, escrita e desenhada pelo autor Hans Christian Andersen, numa grande sacada, de forma figurada.
O impacto causado, pela experiência de assistir da arquibancada, o maior Espetáculo da Terra, passando pela maior passarela que se tem notícia, faz qualquer um delirar, imagina se esta pessoa é um menino? Sua imaginação voou, voou, voou, sem controle, conduzida unicamente pela emoção, que o remeteu a uma questão: Pensou distanciado da razão, qual é a finalidade dos reinados existentes, com os seus reis imponentes?
REI? Quem é esta figura? Onde estão, onde se encontram? Espalhados pelo mundo, existem muitos reinados, que representam as fantasias, os sonhos, os desejos, através de seus autores, que relatam as História, ou criam estória, não importa, relatos reais ou imaginários são mensageiros de ensinamentos, reflexões, situações e lições de vida.
Estas emoções remetem naturalmente a um fundo musical, associado a cada situação, reforçando a emoção, vem a música do REI do Baião.
Esta história, que começa no sertão, é guiada pelo astro REI, que conduz pelo interior, morrendo de calor, para aquele que todos têm medo do traço, pois ele é o REI do Cangaço. Este calor sufocante, que desidrata a qualquer instante, remete à secura do lugar, ao sofrimento do povo, no meio de tanta pobreza, no interior e na Fortaleza é preciso melhorar. Muito tem que se trabalhar! Este contraste permanente, das ausências e dos ausentes, mostra o potencial do povo daquele lugar, que sem recurso algum, apresenta a todo o momento, uma forma de conhecimento, a cultura popular.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                        
O colorido do Nordeste toma conta da imaginação, e que festa melhor pode traduzir esta situação?  A folia de REIS que é uma festa com tradição. Com suas fitas e babados e todos rodando ao som do xaxado.  Quantos REIS existem nesta situação? Protagonistas nesta festa, atrás da estrela guia, no cair da noite eles chegam e ficam a esperar...
A natureza se apresenta forte, colocando o pé no chão, a terra é a confirmação, a estabilidade desta situação que também dá asas a imaginação. Cadê seus REIS? Olhando para o alto, para a grandeza da pedra que desponta entre a mata, o menino vê o REI da Floresta. É a brincadeira entrando na imaginação, tudo parece uma grande confusão. O que nos resta? Admirar o REI da Selva, pendurado no cipó, voando de galho em galho, com os músculos a mostra, onde ele vai parar? Vai observar a terra que era virgem, símbolo da liberdade, que acolhe todos os seus filhos, nativos e fugitivos, não importa de que lugar. 
O REI do Quilombo, ali decidiu ficar, como um filho querido, sentiu-se finalmente acolhido, na terra que lhe prometeram, que dela não teve medo, mas que nela encontrou o seu oposto, na cor e na decisão, lhe deu a impressão, que aquele que o recebeu, não veio como irmão, mas o viu como trabalhador, para servir a um senhor.
De longe, algo brilhante reluz e faz ofuscar, o olhar de quem com certo medo busca entender este segredo que reluz neste lugar. O brilho da natureza não trás tamanha clareza, mas alguém tem que falar. Uma espada reluzente, de um REI ainda menino, mas que veio para ajudar, protegendo os filhos, que a terra quer guardar.
De longe a fumaça aponta, é o sentimento da floresta, traduzido pelo seu leitor, o dono da Pajelança, quem abre a roda da lembrança, trazendo a esperança ligada a este lugar. A terra não vai parar!
No tabuleiro da vida, existem momentos que parecem feridas que não têm fim nesta vida. Naquele momento, destruído pelo sentimento, a negociação pode apontar uma solução. Nem sempre se consegue ganhar. Perder é uma situação, que dói dentro do coração, que transtorna um ou uma multidão, mas faz parte da criação.
O Jogo, momento de grande emoção, se afina com esta situação e o baralho animado, conduzido pelos REIS que formam os 4 reinados, copas, ouros, paus e espadas, permite uma das duas sensações: vitória ou derrota? Nestas duas sensações, que podem ser verdadeiras, ou parte de uma figuração, é preciso ter clareza, para não perder a certeza que esta é uma forma de finalizar uma questão.
Nas jogadas da vida, quem não quer uma história bem sucedida, que lembra uma pessoa querida, que nos gramados se formou e o reinado comemorou como REI do futebol. Esta paixão nacional, que além de arrebatar a torcida, entrou na imaginação, se misturou com a paixão, revivendo a emoção por este homem do Brasil, que aqui cresceu e não fugiu da sua sina verdadeira, finalizar a partida, com uma goleada certeira, sacudindo a rede inteira e terminando como um REI, levando ao xeque mate no final do combate.
É com esta vibração que a galera sempre animada, espera que na arquibancada, possa ver de enxurrada, uma grande goleada, na Copa que se anuncia, tornando ainda mais famosa a Cidade Maravilhosa.   
Qual é a lógica desta situação?  Voando sem uma condução, passando pela escolha da imaginação, dirigido apenas pela emoção, o menino cai dentro de uma questão. É o REI nesta situação, puxado sem permissão, entronado pela questão, representando uma figuração, apoiado pela multidão. É a consagração!!! Com o delírio da população.
O menino entronado, agora é o REI na Festa do Divino. Passa nesse momento a viver o REI da sua imaginação, na sua coroação. Este momento especial, precisa de um REI espiritual, para a sua proteção, pois os reinados encantados, por onde ele viajou, não tinha esta situação, ele não estava na questão. O menino assustado, que não foi perguntado, se queria aquela coroação, entende que agora ele faz parte da representação. A multidão levanta uma questão:
-"Quem é ele?" -" Quem é você?"  O menino responde: -"Ninguém nunca perguntou o meu nome. Para o  Hans Christian Andersen sou apenas um menino...
Saindo daquele susto, dominando a situação, no calor da emoção o menino estendeu a sua mão:
-"Muito prazer sou O PEQUENO PRÍNCIPE".  Mas esta já é outra história...
Sua estrela iluminada lhe dá uma grande sacada, cada um tem seu lugar e uma história para iluminar. Cada um tem uma estrela conduzindo para um lugar. Onde vai dar? Onde o coração apontar? Onde a lógica determinar? Ou onde a emoção imperar?
Cada um, o seu REI quer buscar. Como achar?
O GRANDE REI é invisível para os olhos... Só se vê bem, com o coração...

RECOMENDAÇÕES:
Ler o livro do Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry
Não citar o nome dos reis na letra do samba
Valorizar as coisas mais simples


Deixe brilhar a sua estrela.

Boa sorte!

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Grupo de Acesso B - Presidentes das escolas analisam posição de desfile

Arranco - Presidente Julião
A posição nos lembra o Carnaval 2010. O ideal seria um número par, por conta da concentração, mas é um horário ótimo de presença de público no Grupo B. Tenho certeza que com essa posição vamos disputar o título. Tomara que tenhamos sorte de novo.

Tradição - Presidente Nesio
Realizamos a troca por conta da concentração. A escola gosta de se concentrar ao lado dos Correios. Os componentes ficam mais próximos e a armação fica melhor para a harmonia. Desfilaremos por volta de 2 da manhã, o que consideramos ser um bom horário.

União de Jacarepaguá - Diretora de Carnaval Elisa Fernandes
Não é a posição que gostaríamos, mas comparando com o último carnaval é melhor ser a segunda do que ser a décima. Perdemos muitos componentes no ano passado por causa do horário tardio do nosso desfile, e esse ano recuperaremos essas pessoas porque desfilaremos cedo, esse é o fato positivo, além da concentração ser do lado dos Correios.

Unidos de Padre Miguel - Presidente Simões Gama
Toda posição é válida. O negócio é apresentar um bom trabalho e fazer um excelente desfile, além disso, o lado dos Correios apresenta todas as qualidades necessárias para uma boa concentração: espaço físico, comércio e não tem o fantasma da passarela que tem no Balança mas não Cai.

Alegria da Zona Sul - Marcus Vinicius de Almeida
"Melhor do que isso, só dois disso!" Estamos muito satisfeitos. Queriamos apenas duas coisas: não abrir os desfiles e não concentrar do lado ímpar. Ser a quarta escola, teremos a vantagem do horário, nem cedo, nem tarde, e o público estará todo já na Marquês e com energia. Agora é só confiaça total para o desfile.

União do Parque Curicica - Presidente Edson Procópio
Em 2007 fomos a sétima escola, esse ano optamos pela sexta posição por conta da concentração par. O lado dos Correios é melhor para a formação da escola e é a preferência da maioria dos desfilantes. Sendo a sexta escola a desfilar, também contaremos com um público ainda "quente".

Unidos de Vila Santa Tereza - (Marcelo Figueiredo)
O Grupo é muito difícil e pra gente é uma oportunidade de mostrar um trabalho que já tem seis anos. Temos um chão bom, somos uma escola de comunidade. Acredito que não teremos dificuldade para abrir o carnaval. Vamos tentar permanecer no Grupo B. O lado do Balança prejudica um pouco por causa do viaduto, mas não é só a Vila que vai passar alí. Somos nós e mais cinco escolas, então a dificuldade é igual para todos.

Mocidade de Vicente de Carvalho - (Altamiro Duarte Moreira - Bia)
Troquei com a Tradição por que eles preferem o lado par e eu gosto do contrário. Muda pouca coisa pra gente, quase nada, foi uma boa posição, estou satisfeito e já comecei a trabalhar visando o Carnaval 2012.

Sereno de Campo Grande - (Nelson Rodrigues Chaves)
Eu gostei. O Sereno gosta de desfilar cedo. É mesma colocação do ano passado e nós aprovamos muito. A única coisa que eu gostaria era de ter ficado do lado par, mas paciência, vamos trabalhar para dar tudo certo.

Caprichosos de Pilares - (César Tadeu)
Para mim isso não tem muita importância. Não estou tão preocupado com ordem de desfile. A Caprichosos está com muita garra e vontade. Está bom pra gente. Gostaria de ficar do lado dos Correios, mas vamos nos adequar ao Balança. Não tem jeito, tem que ser assim.

Difícil é Nome - (Hélio Baraçal -  Maneco)
É umas das melhores colocações de desfile (11ª). Quem fecha o carnaval tem chance de se armar melhor, se organizar bem. Quase sempre as últimas escolas são as campeãs do carnaval. A minha preferência é o lado do Balança. Os carros já saem do barracão na posição de desfile. Está ótimo!

terça-feira, 19 de julho de 2011

Grupo Especial - Unidos da Tijuca 2012

G.R.E.S. UNIDOS DA TIJUCA – 2012

O DIA EM QUE TODA A REALEZA DESEMBARCOU NA AVENIDA PARA COROAR - O REI LUIZ DO SERTÃO

“Quero ser lembrado como o sanfoneiro que amou e cantou muito seu povo, o sertão;
que cantou as aves, os animais, os padres, os cangaceiros, os retirantes,
os valentes, os covardes, o amor.”
Luiz Gonzaga

Toca a sanfona porque a festa vai começar!
Abre e fecha esse fole que a comitiva vai chegar
A Avenida é a estrada que leva sertão adentro
E ninguém que aqui está esquecerá esse momento.

De lembrar que, em noite de estrela, nasceu um rei no sertão
Que virou majestade de tanto ensinar o baião
Andando e cantando a história de seu povo
Cem anos depois, ele vai ser coroado de novo.

Convidamos reis e rainhas pra mostrar que desde menino
Luiz Gonzaga, o Lua, já tinha de astro o destino
Mostrava o sorriso e a alegria, cantava e dava lição
Mas lá no fundo guardava saudade no coração.

Senhoras e senhores, o roteiro dessa viagem
Leva a terras distantes, onde um povo de coragem
Desafia a seca e a poeira, do barro ganha a vida
Esculpe a terra, tece a renda, de sol a sol nessa lida

No mercado, montam a banca e é bonito de se ver
E de tudo que há no mundo, nele tem para vender
Cores, cheiros, sabores da cultura nordestina
Lá se compra toda a sorte dessa vida Severina.

Segue o comboio real, vai cruzando o caminho
No lombo do burro, chega às terras de Vitalino
O mestre da escultura, que todo mundo copia
Bonecos que contam a vida, as coisas do dia a dia.

Mas pra conhecer o sertão, é preciso ter coragem
Atravessar a caatinga, seguir em frente a viagem
Pedir benção, rezar com fé, ser beato, ser romeiro
E reunir com toda a tropa, lá na Missa do Vaqueiro.

Senhores, rainhas e reis, o Rei do Baião anuncia
Que, depois de tanta reza, vai crescer a valentia
É pegar a beira do rio, é ser Lampião e Corisco
Pra conhecer a beleza do Vale do São Francisco.

Andar pela margem pra ver a vida que brota dos rios
O Velho Chico crescendo, com água que vem dos baixios
A cana, os frutos, o gado, o canto do passarinho
Cantar a saudade do rei, desse tempo de menino,

Toca a boiada, vaqueiro! Segue em guarda o cangaço
Que cada afluente que corre do Velho Chico é um braço
Desce pro sul até ver carrancas que trazem a sorte
A cara feia que espanta não deixa ter medo da morte.

“Simbora” que vem a noite, é hora de ver balão
Que as festas já começaram, tem “arraiá”, tem quentão
São José foi no plantio, na colheita é São João
A quadrilha já tá pronta, vai ter forró e baião.

E a sanfona anima o povo, todos vão se apresentar
Pra comitiva real, ao som do fole brincar
Bumba meu boi, maracatu, frevo, pagode e reisado
E tudo que precisar pra gente ficar animado.

Foi cantando pelo sertão que Gonzaga virou rei
De tanto cantarem junto, sua canção hoje é lei
Da poesia na praça, da valentia e coragem
Sua lição ganha as rádios, difunde sua mensagem.

Nas estações onde passa, vai contando sua vida
Espalha alegria e raça, hoje ganha a Avenida
E a Tijuca agora brinca e pra todo o mundo diz
Que a estrela de Gonzaga no céu descansa feliz.

Paulo Barros (carnavalesco)
Isabel Azevedo
Simone Martins
Ana Paula Trindade

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Grupo de Acesso A - Ordem de Desfile 2012

Veja a Ordem de Desfile do Grupo A para 2012:


-Paraíso do Tuiuti
-Acadêmicos da Rocinha
-Estácio de Sá
-Inocentes de Belford Roxo
-Império da Tijuca
-Unidos do Viradouro
-Acadêmicos de Santa Cruz
-Império Serrano
-Acadêmicos do Cubango

Grupo de Acesso B - Ordem de Desfile 2012

Veja a Ordem de Desfile do Grupo B para 2012:


-Unidos de Vila Santa Tereza
-União de Jacarepaguá
-Sereno de Campo Grande
-Alegria da Zona Sul
-Arranco
-União do Parque Curicica
-Mocidade de Vicente
-Tradição
- Caprichosos de Pilares
-Unidos de Padre Miguel
-Difícil é o Nome

HOJE - Sorteio da ordem de desfile dos Grupos de Acesso A e B

Foto: DivulgaçãoA Liga das Escolas de Samba do Grupo de Acesso vai realizar o sorteio da ordem dos desfiles de 2012 em um evento no Scala, nesta segunda-feira, a partir das 20h.

A Lesga vai comemorar, também durante o evento, os três anos de existência da Liga. Personalidades do mundo do samba e que prestigiam a Liga estarão presente no evento, como o prefeito Eduardo Paes, o secretário de Turismo Antônio Pedro Figueira de Mello, o deputado estadual Chiquinho da Mangueira, o presidente da Lesga, Jorge Castanheira, Ivo Meirelles e o empresário Chiquinho do Babado da Folia.

"Entre nossas vitórias está a melhoria da subvensão, o projeto de construção da Cidade do Samba 2 e o aumento do número de público assistindo ao espetáculo, que está cada vez mais organizado", disse o presidente da Lesga, Reginaldo Gomes.

A Viradouro, que foi vice-campeã do Grupo A em 2011, e a União do Parque Curicica, vice-campeã do Grupo B, vão poder escolher a posição no desfile.

A animação dos convidados ficará por conta do show do grupo Por Acaso, Jorginho do Império e da Renascer de Jacarepaguá.

domingo, 17 de julho de 2011

Grupo de Acesso B - União do Parque Curicica Carnaval 2012

O GRES União do Parque Curicia divulgou o enredo para o Carnaval 2012 e vai contar a história das cartas, sob o título "As cartas não mentem jamais", que será executado por uma comissão de Carnaval.

Segundo o presidente da escola, Edson Procópio, a agremiação aposta nos novatos, aliados com a "prata da escola".

"A Escola sempre apostou no novo e com esse intuito é que vamos colocar na avenida um carnaval que tem como um somatório a categoria dos novatos, junto com a prata da escola e aliado ao enredo apresentado é que vamos em busca do nosso sonhado campeonato".

A escola terá o direito de escolher a posição que vai desfilar e tem como preferência se concentrar no lado dos Correios.

Os autores do enredo são Felipe Herzog, Diogo Villa Maior e Raquel Winter. A direção artística é de Felipe Herzog e Diogo Villa Maior; as alegorias são de responsabilidade de Raquel Winter; as fantasias serão de Leo Pimenta; o coreógrafo da comissão de frente será Diogo Villa Maior; e o assistente de coreografia será Diego Ramos.

Leia a sinopse:

"As cartas não mentem jamais"

A pergunta foi feita. Embaralhe. Agora corte. Escolha suas cartas. Prepare-se 
para a verdade. As cartas não mentem jamais! Jovem e guerreira, a União do Parque Curicica, unida por um sonho comum, pergunta à cigana: "quando vai chegar a hora de gritar 'É Campeã'?". O destino arma-se a sua frente e lança o desafio: "és mesmo capaz de fazer merecer seu desejo"? Bravamente a comunidade se agarra a seu padroeiro São Jorge para que ele abra as portas da avenida e abençoe todos os foliões que agora desfilarão em busca do tão almejado sonho. Sorte ou desventura? O jogo está na mesa.  

Ávida por revelar a desafiadora profecia, a Escola pergunta: "de onde vieram as cartas? De quando vieram? Pra onde vão nos levar?"  Chineses, egípcios, indianos, árabes... viajantes. Cada povo com seu baralho, seus naipes, sua cultura. Sagrado oráculo, profana sedução. As caravanas difundiram as cartas ou as cartasdifundiram as caravanas mundo afora? Ninguém sabe ao certo. Só se sabe que trilharam misteriosas vias, cruzaram terras e mares, rasgando séculos e fronteiras, tendo fundado assim, entre diversos baralhos, o poderoso jogo dos caminhos - o  Tarot  - traçando o elo entre o passado, presente e futuro. 

O mundo não pára de avançar e com ele a busca pelo poder, prazer e diversão. E em terras européias uma pista foi dada. Às ordens do rei francês Carlos IV surgiram verdadeiras obras de arte sobre cartas: o clero se  tornou  Copas;  a nobreza e a burguesia, Ouros; o exército, Espadas; o povo, Paus; loucos e artistas, Curingas. E neste reino de pintores e profetas verdadeiros, os verdadeiros charlatões ganham as ruas, mas a sabedoria e a voz do povo continuam sendo a voz de Deus.
 
Mas o mistério continua. Só resta segurar firme o amuleto! A roda da fortuna é quem escolhe os agraciados e os desafortunados. Quem tem fé e é guerreiro pode apostar que está protegido e sabe que o revés tem que ser carta fora do baralho. Façam suas apostas! Mas lembrem-se: para alguém ganhar, alguém tem que perder. Quem vai pagar pra ver? "O jogo é um corpo-a-corpo com o destino", dizem por aí. O amor e a ambição enfraquecem com a idade, mas o jogo floresce quando tudo o mais passa. Os senhores e senhoras jogam seu truco na praça, onde a jogatina dos malandros domina as mesas de botequim. Nos grandes  salões o verde cintilante das mesas de carteado e as infinitas luzes das recheadas máquinas tornam-se os principais conselheiros. Quem consegue domar "os encantos das sereias das cartas "se diverte e não fica inerte. Atenção: o jogo é reluzente como o ouro que seduz, mas pode cegar. 

É de criança que se aprende a jogar, perder e ganhar. O real e o fantástico se 
misturam e, na seriedade da brincadeira, só é herói quem compete com respeito e lealdade. "Qual é o seu super poder? Eu hoje represento a fantasia!" A sorte já parece estar mais próxima. Nas ruas, a mágica preenche o dia-dia de alegria, que arrepia e surpreende. Das mangas saem cartas e da cartola, encantamento. Agora está claro, não dá mais para esconder! Abracadabra! O grande sonho agora nasce de onde antes brotava coelho. E o sorriso no emocionado olhar do folião confirma: "Sou um "Ás" do carteado, é das cartas o meu guia, sou Curicica e jogo em União. A profecia estava certa - as cartas não mentem. Chegou a hora de gritar É CAMPEÃO!".


sexta-feira, 15 de julho de 2011

Grupo de Acesso A - Unidos do Viradouro 2012

Justificativa

Adentrar o universo de Nelson Rodrigues parece tarefa das mais improváveis, porém através de nosso desfile, faremos esta tentativa. Falar de sua vida, de sua obra é lançar um olhar sobre nós mesmos, despidos de todo o senso de pudor.

O certo é ver que apesar de tantos julgamentos a respeito de seu legado, Nelson Rodrigues acompanhou com reflexões profundas a vida do país que ele via a sua frente, como testemunha e ator de eventos cruciais de nossa história recente.

Através de suas frases memoráveis, somamos as suas experiências da vida e seu pensamento a respeito dela. A vida como ela é, reflete este caleidoscópio, multiface de suas opiniões que variam entre o cáustico e o irônico, passando pelo cinismo velado, sobre os tipos cariocas, seu cotidiano e as relações familiares, além da política e claro, a sua paixão, o futebol.

A Viradouro ao apresentar Nelson Rodrigues como tema, ousa retratar de certa forma o pensamento desse grande gênio de nossa literatura e dramaturgia, usando como álibi uma de suas frases: Toda unanimidade é burra!

Nelson,

Sou eu o samba, que te pede passagem, sou a Viradouro a fazer a viagem em seu universo irreverente, aos subúrbios da sua inspiração. Pela lente de seu olhar, serei a realidade inventada, infielmente retratada da vida como ela é, a sua, cruel e crua a girar no carrossel da emoção.

Eis-me aqui qual anjo pornográfico, a desfilar na rua, num delírio de carnaval, a te invadir a alma, te espiar a mente, perverso, eloquente, assim, como quem trai ou mente, não ver a mulher nua, pelo buraco da fechadura. Serei a flor de obsessão que desabrocha, fruta madura regada de drama e humor.

Vou me tornar todas as mulheres, rasgadas das páginas de Suzana Flag, escravas do amor, destinadas a pecar e a amar demais algum homem proibido. Caberá em mim o que é descabido, assassinos passionais, suicidas enlouquecidos.

Viverei aquelas gordas fofoqueiras, viúvas tristes ou solteiras ressentidas, e nelas encarnarei aqui, o flerte, o adultério, o romance fugaz e o eterno amor. Serei a feia, a interessante, a esposa, a amante, engraçadinha, a bonitinha, a dama do lotação ou então quem sabe, Nelson, aquela que morde, a que arranha e aquela que apanha, pura, casta e sem pudor.

Lembrarei de momentos mágicos, do Mário Filho abarrotado, dos domingos ensolarados, de futebol e picolé, serei o Sobrenatural de Almeida, o inexplicável, o oculto que habita a sombra das chuteiras imortais, me tornarei seu craque predileto, sem caráter. Posso ser também Didi, Garrincha e Pelé.

Estarei na torcida que agita, a xingar o juiz ladrão que errado apita, e na bola que se ajeita pro gol daqueles Fla-Flus ancestrais. Entrarei na discussão dos bares com a cabeça cheia, falando dos lances, dos romances da vida alheia e da sua grande paixão, e se preciso for, virarei a casaca, me farei de pó-de-arroz de corpo e alma, e pra te fazer graça, tricolor de coração.

Abrirei as cortinas do seu teatro, sem o embargo da censura, e exporei a arte, a vida, a realidade pura, a lâmina afiada a rasgar a carne da plateia num desafio, e arrancar-lhes o aplauso, ou o asco, ou o arrepio, e até mesmo o silencio da incompreensão. Serei o seu grito na boca de cena, a fala cotidiana da verdade plena, aberta para a consagração.

E morrerei todas as noites, eventualmente duas, aos sábados e domingos em todas as vesperais, na pele de seus personagens, vestirei pra sempre as suas fantasias que bem poderiam ser reais. De vestido de noiva ou em toda a nudez, serei castigado como a serpente, no juízo crítico, inclemente, com ou sem pecado, perdoado e sem perdão, sob as luzes da ribalta, no palco da sua mais incrível imaginação, senhor Rodrigues.

Por fim, iluminarei a grande tela e vou estrelar sua obra, projetando o filme que passou na sua mente, e revelar na Viradouro que seu espírito paira no viver real de nossa gente. Hoje, você é o anjo que nos cuida, anjo escritor, teatrólogo e jornalista, anjo desconhecido, indecifrável; anjo de todos os sentidos, dos escancarados e dos escondidos, de nossa burra, porém verdadeira unanimidade. Obcecado anjo chamado Nelson Rodrigues, que em frases nos define a vida como ela é, bonitinha mas ordinária.

Nelson por Nelson

“Nasci a 23 de agosto de 1912, no Recife, Pernambuco. Vejam vocês: eu nascia na rua Dr. João Ramos (Capunga) e, ao mesmo tempo, Mata-Hari ateava paixões e suicídios nas esquinas e botecos de Paris. Era a espiã de um seio só e não sabia que ia ser fuzilada. Que fazia ela, e que fazia o marechal Joffre, então apenas general, enquanto eu nascia? A belle époque já trazia no ventre a primeira batalha do Marne. Mas por que “espiã de um seio só?” Não ponho minha mão no fogo por uma mutilação que talvez seja uma doce, uma compassiva fantasia. Seja como for, o seio solitário é, a um só tempo, absurdamente triste e altamente promocional.

Mas a belle époque não é a defunta que, de momento, me interessa. Tenho mortos e vivos mais urgentes. Por outro lado, minhas lembranças não terão nenhuma ordem cronológica. Hoje posso falar do kaiser, amanhã do Otto Lara Resende, depois de amanhã do czar, domingo do Roberto Campos. E por que não do Schmidt? Como não falar de Augusto Frederico Schmidt? Seu nome ainda tem a atualidade, a tensão, a magia da presença física. Todavia, deixemos o Schmidt para depois. O que eu quero dizer é que estas são memórias do passado, do presente, do futuro e de várias alucinações”. (p.11)

“Toda a minha primeira infância tem gosto de caju e de pitanga. Caju de praia e pitanga brava. Hoje, tenho 54 anos bem sofridos e bem suados (confesso minha idade com um cordial descaro, porque, ao contrário do Tristão de Athayde, não odeio a velhice). Mas como ia dizendo: - ainda hoje, quando provo uma pitanga ou um caju contemporâneo, sou raptado por um desses movimentos proustianos, por um desses processos regressivos e fatais”. (p.15)

“1913. O que a memória consciente preservou de Olinda foi um mínimo de vida e de gente. Eu me lembro de pouquíssimas pessoas. Por exemplo: - vejo uma imagem feminina. Mas é mais um chapéu do que uma mulher. Em 1913, mesmo meu pai e minha mãe pareciam não ter nada a ver com a vida real. Vagavam, diáfanos, por entre as mesas e cadeiras. Depois, eu os vejo parados, com uma pose meio espectral de retrato antigo. Mas nem meu pai, nem minha mãe falavam. Eu não os ouvia. O que me espanta é que essa primeira infância não tem palavras. Não me lembro de uma única voz. Não guardei um bom-dia, um gemido, um grito. Não há um canto de galo no meu primeiro e segundo ano de vida. O próprio mar era silêncio”. p.15-6)

“Já falei da louca, filha da lavadeira. Foi a primeira mulher nua que vi na minha infância. E, ainda agora, ao bater estas notas, tenho a cena diante de mim. Eu me vejo, pequenino e cabeçudo como um anão de Velásquez. Empurro a porta e olho. O espantoso é que sinto uma relação direta e atual entre mim e o fato, como se a memória não fosse a intermediária. A demente tem a tensão e o cheiro da presença viva. Mas como ia dizendo: - no fundo, encostada à parede, está a nudez acuada”. (p.39)

“No primeiro momento, a glória é casta. Desde garotinho, a minha vida fora a desesperada busca da mulher primeira, única e última. No período da fome, o amor passara a um plano secundário ou nulo. Mas a glória é ainda mais obsessiva, mais devoradora do que a fome. Eis o que eu queria dizer: _ com o artigo de Manuel Bandeira, só eu existia para mim mesmo. Tudo o mais era paisagem.” (...)

“Sim, ainda me lembro do primeiro dia do artigo de Manuel Bandeira. Depois do trabalho, fui para casa. Tranquei-me no quarto como se fosse praticar um ato solitário e obsceno. Comecei a reler o poeta. Primeiro, repassei todo o artigo, da primeira à última linha. Depois, reli certos trechos. O final dizia assim: - “Vestido de noiva, em outro país, consagraria um autor. No Brasil, consagrará o público”. Antes de mais nada, o poeta influiu na minha auto-estima”. (p.162)

“Uma meia dúzia aceitou Álbum de família. A maioria gritou. Uns acharam “incesto demais”, como se pudesse haver “incesto de menos”. De mais a mais, era uma tragédia “sem linguagem nobre”. Em suma: - a quase unanimidade achou a peça de uma obsessiva, monótona obscenidade. Augusto Frederico Schmidt falou na minha “insistência na torpeza”. O dr. Alceu deu toda razão à polícia, que interditaria a peça; meu texto parecia-lhe da “pior subliteratura.

Assim comecei a destruir os meus admiradores. Foi uma carnificina literária. Mas não me degradei, eis a verdade, não me degradei”. (p.215)

“O número de ex-admiradores aumentava. E, pouco a pouco, ia fundando a minha solidão. Fora proibida a representação de Álbum de família. Em seguida, houve a interdição de Anjo negro. De peça para peça, me tornava, e cada vez mais, um caso de polícia. Escândalo nos jornais. E, um dia, encontro-me com Carlos Lacerda. Pediu o meu novo texto: - “Você me dá, que eu escrevo contra a censura”. Ótimo. No dia seguinte, fui levar-lhe uma cópia.” (...)

“Desde aquela época, cada um, na vida literária, tinha que ser um engajado. Ninguém ia à rua sem a sua pose ideológica. Lembro-me de Isaac Paschoal me perguntando, depois de um discurso de Prestes: - “E você? Qual é a sua contribuição?”. Baixei a vista, rubro de vergonha. E, como ainda não contribuíra, senti-me um fracassado nato e hereditário. Daí porque não posso ver, hoje em dia, o Guimarães Rosa, sem uma sensação de deslumbramento. Durante anos, pratiquei a solidão com certo pânico e certa vergonha. E eis que vem o autor de Sagarana e ergue a sua torre de marfim, assim como um cigano põe a sua barraca. Nada existe: - só a sua obra. Estão brigando no Vietnã? Pois o nosso Rosa escreve. Há a guerra nuclear, o fim do mundo? Guimarães Rosa funda outro idioma. A torre de marfim fez dele o maior artista brasileiro do século”. (p.218)

(Excertos de A menina sem estrela - Memórias, de Nelson Rodrigues; São Paulo: Companhia das Letras, 1999, Coleção das Obras de Nelson Rodrigues, sob a coordenação de Ruy Castro).

Bibliografia de Nelson Rodrigues

Romances

Com o pseudônimo de Suzana Flagg: Meu destino é pecar (O Jornal 1944 e Edições O Cruzeiro 1944). Escravas do Amor ( O Jornal 1944 e Edições O Cruzeiro 1946). Minha vida ( O Jornal 1946 e Edições O Cruzeiro 1946). Núpcias de fogo (O Jornal 1948). A mulher que amou demais (Diário da Noite, 1949, inédito em livro), como Myrna. O homem proibido (Última Hora, 1951, e Editora Nova Fronteira, Rio, 1981) e A mentira (Flan, 1953, inédito em livro), ambos novamente como Suzana Flag. Como Nelson Rodrigues: Asfalto Selvagem (Última Hora, 1959-60, J.Ozon Editor, Rio, 1960, e Companhia das Letras -Coleção das Obras de Nelson Rodrigues, coordenada por Ruy Castro, v. 7,1994); O casamento (Ed. Guanabara, Rio, 1966, e Companhia das Letras, v. 1, 1992).
Contos

Cem contos escolhidos - A vida como ela é... (J. Ozon Editor, Rio, 1961, 2v.) Elas gostam de apanhar (Bloch Editores, Rio, 1974); A vida como ela é - O homem fiel e outros contos (Companhia das Letras, S. Paulo, Coleção das Obras de Nelson Rodrigues, Coordenação de Ruy Castro, v.2, 1992); A dama do lotação e outros contos e crônicas (Ediouro, 1996); A coroa de orquídeas e outros contos de A vida como ela é (Companhia das Letras, Coleção das Obras de Nelson Rodrigues, v.5)
Crônicas

Memórias de Nelson Rodrigues (Correio da Manhã, Ed. Correio da Manhã, Rio, 1967); O óbvio ululante: primeiras confissões (O Globo, Editora Eldorado, 1968, Ed. Record e Companhia das Letras, Coleção das Obras de Nelson Rodrigues, v.3); O Reacionário: memórias e confissões (Editora Record, 1977, e Companhia das Letras, Coleção das Obras de Nelson Rodrigues, v.10); À sombra das chuteiras imortais: crônicas de futebol (Companhia das Letras, Coleção das Obras de N. Rodrigues, v.4); A menina sem estrela: memórias (Companhia das Letras, 1993, Coleção das Obras de N. Rodrigues, v.6); A pátria em chuteiras: novas crônicas de futebol (Companhia das Letras, Coleção..., v.8); A cabra vadia: novas confissões (O Globo, Editora Eldorado, 1970, e Companhia das Letras, Coleção..., v.9); O remador de Ben-Hur: confissões culturais (Companhia das Letras, Coleção..., v.11).
Teatro

A mulher sem pecado, 1941; Vestido de noiva, 1943; Álbum de família, 1946; Senhora dos Afogados, 1947; Anjo Negro, 1947; Dorotéia,1949; Valsa nº 6, 1951; A falecida, 1953; Perdoa-me por me traíres, 1957; Viúva, porém honesta, 1957; Os sete gatinhos, 1958; Boca de Ouro, 1959; O beijo no asfalto, 1960; Otto Lara Resende ou Bonitinha, mas ordinária, 1962; Toda nudez será castigada, 1965; Anti-Nelson Rodrigues, 1974; A serpente, 1978.

(Todas as peças se encontram reunidas nas publicações Nelson Rodrigues - Teatro Completo, organizado e prefaciado por Sábato Magaldi, constando de Fortuna Crítica da Editora Nova Fronteira, Rio, 1981-89, em 4 vols., e da Editora Nova Aguilar, Rio de Janeiro, 1994,volume único).
Novelas

A morta sem espelho,1963 (TV Rio); Sonho de Amor, 1964 (TV Rio); O desconhecido, 1964 (TV Rio).
Outras

Flor de obsessão: as 1000 melhores frases de Nelson Rodrigues, selecionadas por Ruy Castro (Companhia das Letras, Coleção das Obras de Nelson Rodrigues, v.12).

Fonte: www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/nelson-rodrigues/nelson-rodrigues.php

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Grupo de Acesso A - Estácio de Sá 2012

Enredo: Luma de Oliveira: Coração de um país em festa!

Alô Comunidade!

Do “Grêmio Recreativo Escola de Bambas
Unidos do Prazer e da Alegria,”
Tramo as palavras
Revelando minha poesia:

O sol se põe...
A Cabrocha se enfeita,
Mães Baianas se armam,
A magia do carnaval se deleita.
Sambistas se vestem de nobres,
Uma combinação perfeita.

Um canto se espalha pelo ar.
O Pavilhão do amor percorre becos e vielas,
E o morro desce para desfilar.

A cultura reforça os elos.
São negros, morenos, selvagens e amarelos.
Uma mistura de uma festa sem recato,
Também somos brancos, vermelhos e mulatos.

Tudo acontece num estado de graça,
É a celebração do arco íris de todas as raças.

Mais do que tudo,
É como se a vida se expandisse
Por uma única fresta.
Para Luma, uma justa homenagem.
Para o Brasil, é o coração de um país em festa.

No baile da Rio Branco,
Chega uma gente colorida e festeira,
Que vem dos “brasis”.
Celeiro da cultura brasileira.

São muitos, são tantos
Que se curvam sob a luz de seus encantos
Não é conto, nem magia
É bumba meu boi
Brincando na folia.
Rei Congo bate tambor,
É maracatu! Sem choro e sem dor
Com muito brilho e muita cor.

Solto é o frevo,
Cada um pro seu lado
De passo marcado
E sombrinha na mão.
Já os caboclinhos
É ritmado ao som,
Dos índios, tirados do chão.

Tem boi de mamão,
E cordões de bichos,
Preservando os animais.
Aí estão os Clóvis,
Recebendo essas manifestações
Dos nossos carnavais.

Na sua infinita beleza
A vida não tem perigo, é boa,
De certo, é pioneira.
Pra te ver passar
Os ritmos afros descem a ladeira,
Rufam os tambores
Da alma brasileira.

Vem o povo do Ketu,
As guias dos filhos do sagrado,
Olodum num toque refinado,
E a festa dos timbaleiros,
Com seus corpos pintados.

É na Lapa
Do Orunmilá,
Bloco afro-carioca,
Que ao som do ijexá
Recebe os ritmos
Ao te ver brilhar!

E a alegria prevalece,
Das ruas os blocos te aquecem.
E o sob o brilho do teu olhar,
Que a folia resplandece.

De lá pra cá.
Daqui pra lá.
Não tem choro, nem vela.
Tem até marmanjo
Chupando chupeta,
No cordão da bola preta.

É na Cinelândia
Que tudo ganha vida.
Percebemos o quanto é querida.
A criatividade predomina,
Entre muitas fantasias
Brincam arlequins, pierrôs e colombinas.

A alegria é geral
Todos rumam
Pra Sapucaí,
Como personagens
Do seu carnaval.

Sob os encantos
Da “deusa da lua”
Tudo se converte.
Ecoa o apito do Eterno Mestre,
Baila Maria Lata D’água,
E o teu povo se diverte.

Chegou a hora,
Bate forte o coração.
A cuíca chora,
Os repiques inflamam,
E o vigor dos surdos,
Não demora.
Explode de emoção.

O povo aplaude,
Esse encontro de gente feliz.
No balanço dos ganzás,
E na batida dos meus tamborins.

A avenida é sua.
E o enredo é o seu altar.
Com cortejos e desejos
Para onde todos querem emigrar.
É nos laços da folia,
Que Luma vai passar.

Carnavalesco: Marcus Ferreira
Pesquisa e texto: Marcos Roza

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Grupo Especial - Ordem de Desfile CARNAVAL 2012

Foto: Ricardo AlmeidaA Liga Independente das Escolas de Samba definiu, na noite desta quarta-feira, em um evento na Cidade do Samba, a ordem dos desfiles do Grupo Especial.
A posição da Renascer, que vai abrir o domingo de Carnaval, e da São Clemente, que vai desfilar primeiro na segunda-feira, já estavam definidas, mediante ao resultado do último Carnaval.
Após o sorteio, as escolas tiveram 10 minutos para conversar entre si sobre trocas de ordem, mantendo o mesmo dia de desfile. Houve troca entre a Beija-Flor e a Porto da Pedra, e entre a Unidos da Tijuca e a Mangueira.
Com isso, a ordem ficou da seguinte maneira:
DOMINGO:
Renascer

Portela

Imperatriz
Mocidade
Porto da Pedra
Beija-Flor
Vila Isabel
SEGUNDA-FEIRA:
São Clemente

União da Ilha

Salgueiro
Mangueira
Unidos da Tijuca
Grande Rio