sexta-feira, 27 de maio de 2011

Grupo de Acesso A - Império da Tijuca 2012


Foto: Divulgação
Confira a sinopse, cujos autores são Severo Luzardo Filho e Julio Cesar Farias:
O Grêmio Recreativo Escola de Samba Educativa Império da Tijuca é a única escola que traz em seu nome a preocupação com a educação. E é isso que nossa escola tem feito em suas atividades e desfiles desde sua fundação.

Dando continuidade à sua função de transmitir conhecimento, após apresentar, em 2011, um enredo de cunho cultural que mostrava as formas de celebração do Carnaval pelo mundo, este ano nossa escola traz para a Passarela do Samba um enredo intrigante e inusitado, mas também com propriedades notadamente culturais. Com o enredo Utopias - Viagem aos confins da imaginação, faremos uma incursão nos mais extraordinários e mirabolantes lugares imaginados pela mente humana.

Vamos mergulhar em admiráveis mundos antigos e novos, em sociedades com feições e estruturas singulares, nos embrenhar na espantosa natureza de cada civilização criada pela ilimitada e desvairada imaginação do homem através do tempo. Vamos cantar outras terras, demarcadas pela beleza e anormalidade, mas coalhadas por muita gente interessante que contracena com personagens insólitos e apaixonantes.

Lugares utópicos deslumbrantes onde o tempo e o espaço desafiam a lógica para constituir reinos, províncias, regiões, povoados, cidades, países, mundos redimensionados, ambíguos e acolhedores, frutos do delírio de quem os concebeu.

Ao reconstruirmos esses locais fantasiosos, onde tudo é possível e o improvável acontece, pretendemos provocar o público, fazendo com que todos se sintam potenciais visitantes de outras dimensões, na tentativa de decifrar os enigmas da composição social dessas misteriosas terras lendárias.

Incitados a procurar, a examinar o que lhes chegam aos olhos, os foliões serão convidados, a todo instante, a achar respostas para indagações sobre a própria sociedade em que vivem. Estaremos, assim, instigando o imaginário coletivo, reforçando a dúvida do que seria o ideal de uma sociedade humana, contrapondo à representação de outras sociedades com características únicas.

Para isso, passarão pelo desfile do Império da Tijuca reinos encantados como Seráfia, Agartha e Lórien. Logradouros fabulosos, férteis terrenos da imaginação, universos descritos pela fantasia em Foxville, Cocanha e Calonack. Ilhas construídas e habitadas por personagens e acontecimentos maravilhosos como Utopia, Avalon, Kradac, Cantahar e Benzalém.

Vamos fazer uma viagem muito louca pelos mais diversificados e estranhos territórios imaginados por Garcia Marquez: Macondo; por Érico Veríssimo: Antares; por Manuel Bandeira: Pasárgada, e tantos outros criadores de utópicos reinos encantados.
Nessa expedição, teremos a emoção como bússola a nos guiar pelos recantos altaneiros banhados de alegria em Pirandria, de fulgor e cores em Celesteville, de extravagâncias e dos arroubos em Sabá.

São tantos os lugares projetados no futuro e no passado, os sentimentos tencionados, os desejos renovados quando se tratam de ambientes utópicos. Invenções? Sonhos? Devaneios? Alucinações? Ilusões? Isso pouco importa, pois o Carnaval também se baseia em conceitos utópicos, muitas vezes, criando enredos, inventando e dando vida a personagens, produtos da imaginação das sociedades, delas muito revelando.

Assim, com esse espírito de fantasiar e delirar ao extremo, o Império da Tijuca ganha a Sapucaí em 2012, para revelar mundos distantes criados a partir  de ideias utópicas difundidas ao longo dos séculos, alimentando o místico imaginário popular.

Senhores foliões, pedimos que deixem agora somente a fantasia dominar suas mentes. Anunciamos, neste momento, a última chamada para darmos início a nossa fabulosa viagem carnavalesca aos confins da imaginação! E convidamos a todos os presentes a embarcar nessa fascinante jornada por lugares incríveis, para participar dessa vibrante aventura, desbravando paisagens exóticas e diferentes e conhecer personagens fantásticos que povoam o pensamento da humanidade.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Grupo Especial - SINOPSE - Mangueira Carnaval 2012

S I N O P S E

Tudo começou na África, num tempo em que eu era ainda moço e minha tribo estava a mercê do perigo e os sacerdotes cuidavam de expulsar com reza forte as vibrações de má sorte que rondavam nossa morada. Lembro-me que os mensageiros da morte vieram de longe, do outro lado das águas, talvez, não tinham sequer no corpo o bronze da nossa pele, não tinham os lábios carnudos, eram estranhos em tudo! E até mesmo esses detalhes que constroem a nossa face, neles eram diferentes. Juro que inocente, pensei até em disfarce. Conduzido pela dor, fui levado prisioneiro ao traiçoeiro Negreiro, o reino da apatia. Lá, sujeito as doenças e a fome que habitavam aquele porão sombrio, caí no mais denso e frio estado de melancolia. E era como um açoite, a escuridão da noite, toda vez que ela chegava. E eu sofria pesadelos, acordava assustado. Ainda na inocência, confundia a luz da vidência com as trevas dos maus presságios. Ao desembarcar, os pés feridos, descalços, vi quando o sal do oceano espalhou-se sobre o chão molhado desenhando uma linda concha do mar e, ouvi a voz de Iemanjá me falar: este "Mundo" é o teu "Novo" lar! Prepara-te, o teu futuro te reserva coisas lindas, surpresas te virão ainda. Já em terra firme, nos primeiros anos depois que saí da minha terra, suportei a mão pesada da escravidão e as feridas da solidão. Certa vez, escondido pelo breu da noite, resolvi caminhar na mata. Eu já andara bastante. Com a respiração ofegante, parei pra descansar um instante.

E o sono foi me apagando, a cabeça meio tonta, eu já nem me dava conta do perigo de dormir longe da senzala, do povo da minha tribo, sem a proteção de um abrigo. E ali sonhei meu destino. No sonho um guerreiro caçador, o cacique dos índios, passeava naquelas terras e me viu sentado sob uma tamarineira que ele havia plantado no seu tempo de menino. Sentou-se ali do meu lado, desenhou com seu arco, no chão, uma pequena flecha e, com amabilidade, perguntou a minha idade, quis saber em que cidade eu havia nascido. E eu, me sentindo aà vontade lhe falei dos deuses iorubás, da minha terra natal, do cordão umbilical, do rio da minha aldeia. E ele, com calma, me falou do poder das folhas e das raízes que transformam em cicatrizes ferimentos e mordeduras de aranhas e de serpentes; dos banhos quentes de algumas ervas e sementes, que curam até os doentes de alma. Ao voltar pra senzala era como se meu coração tivesse fala. O Rio de Janeiro era o meu novo terreiro e nas batucadas, nas festas, na alegria das ruas, nas brincadeiras do povão, encontrei meu destino e enganei a solidão. Quando o Entrudo chegava uma maravilha de ruídos invadia as ruas, um barulho encantador que contrastava com a sujeira reinante. Divertidas batalhas com limão de cera, água e farinha branca atiradas entre os participantes aconteciam a todo instante. Zé-pereira, bumbos, rostos e bumbuns de negros azucrinando nas praças e no passeio público, zombando, se divertindo, enquanto a viola chorava e espinoteava espantando a tristeza. E tudo era instrumento, flauta, violões, pandeiros, latas, gaitas, frigideiras de ferro, caixotes e trombetas. Instrumentos sem nome, inventados subitamente no delírio da improvisação, do ímpeto musical, na força do sentimento. Já que batucar na cozinha Sinhá não deixava, o nosso canto ecoava nas senzalas e invadia as ruas. Aliás, na rua do Ouvidor, na rua Direita ou no Largo de São Francisco tudo era canto e os sons sacudiam e movimentavam as vestimentas de cores vivas, ardentes, dançando e tateando os corpos que exalavam o doce perfume da alegria.

A elite fazia biquinho e implicava, chamava nossa festa de selvagem e brutal e que o verdadeiro carnaval estava nos salões da nobreza de Paris e Veneza. Discriminada e com as autoridades policias no encalço, a turma dos descalços e descamisados tratou de arrumar um jeitinho para continuar festejando. Com um olho no padre e outro na missa lutamos dançando, dançamos rezando e rezamos cantando. As festas, celebrações e procissões dos brancos, agora, serviam como máscaras e disfarces. Por trás delas festejávamos nossas entidades sagradas e batucávamos até o sol raiar. Organizados em Cordões carnavalescos, cantadores e dançarinos, palhaços, a morte, os diabos, os reis, as rainhas, as baianas, os morcegos e os índios também entraram na dança e colocaram a polícia pra dançar. No noturno da Praça Onze, ali mesmo na nossa "Pequena África", os desfiles do Pastoril e dos Maracatus em louvor à Ciata D’Oxum, a tia-mãe-baiana dos festejos, se tornaram a sensação e os luxuosos Ranchos cantadores, dominados pelos negros e castanhos, rompiam a massa colorida em grande animação. Para matar a sede dos cantadores e dos berradores, os refrescos de coco, os gelados de abacaxi e limão. Para a fome, bolos de fubá, pé de moleque, alcaçar, tapioca, manauê e feijoada no caldeirão. Mascarada, a elite branca se esbaldava no luxo dos salões, nos desfiles dos corsos e das grandes Sociedades. O povo preto e pobre, barrado no baile burguês, continuou dono das ruas e vielas como legítimos senhores da folia. Música, fanfarra, préstito, maxixe e, finalmente, de semba se fez samba. Abençoadas por Nossa Senhora do Rosário, na Festa da Penha, as negras suspendiam as saias rodadas e dançavam, nos requebros das ancas, no arranco das umbigadas. Enquanto os senhores rezavam na parte alta das escadarias, na parte de baixo, a sensualidade era religiosa, o ritmo dos batuques era sacerdotal e feiticeiro. Ali desaguavam os cantos e as melodias de todo o povo brasileiro e os compositores da primeiríssima geração de sambistas, testavam a popularidade do seu cancioneiro.

O tempo passou. A cidade se transformou em uma selva de pedra onde a "Onça" reinava absoluta e era a principal atração. "Vejam todos presentes, olha a empolgação, este é o Bafo da Onça que eu trago guardado no meu coração". Até que um dia, um "Cacique" bamba entrou na folia e dividiu a tribo do samba sem vacilação. "Foi lá no fundo do seu quintal que o samba pegou moral e agitou a massa, e o povo voltou a cantar e sorrir, caciqueando aqui e ali, abrindo o coração pro amor". De repente as ruas esvaziaram-se! Será que a "Onça" vacilou, foi beber água de cheiro e se afogou?! Até mesmo o bravo "Cacique" parecia cansado das batalhas de confetes e desanimou! Para onde teria ido a alegria? Onde estaria a espontaneidade que transformava cem pessoas saídas de um bairro em quinhentas, em mil, sem ninguém se conhecer? Mas o samba é eterno, não tenho medo de responder! Ele até pode agonizar, mas jamais irá morrer! A "Onça" marcou bobeira e não mais saiu da toca, mas o "Cacique", malandro, mudou de oca, foi fazer morada à sombra de uma tamarineira e ali no subúrbio da Leopoldina, abençoado por Oxossi, o pagode ecoou vindo do "Fundo do Quintal" e embalado por banjos, repiques, tantãs e pandeiros conquistou o Brasil inteiro. "Batam palmas, gritem, soltem a voz. Pra manter o pique só depende de nós"! O carnaval, a partir daí, não terminava mais na quarta-feira de cinzas. Quase sem querer, ele se fragmentou em diversas festas nos lares das famílias simples, em animadas rodas de samba, em batuques sobre mesas de bares, confirmando que a tribo do samba ainda queria apito, sem necessariamente o pau ter que comer! Isso tudo já faz muito tempo. Hoje eu chego com o vento e volto aos pés da velha tamarineira, sento-me novamente ao lado do guerreiro e de Oxossi em saudação ao meio século de história do cacique de Ramos. Nós somos as raízes e o Cacique é o tronco desta árvore que deu frutos como Jorge Aragão, Almir Guineto, Arlindo Cruz, Dicró, Mauro Diniz, Zeca Pagodinho, Luis Carlos da Vila e Neguinho da Beija-Flor, entre outros nomes, além da dindinha Beth Carvalho um bendito fruto feminino entre tantos homens.

Salve a tribo dos bambas; esse "Doce Refúgio" de pagodeiros e malandros no bom sentido da palavra. A tribo que bate tambor e faz ecoar o surdo de primeira pra saudar a sagrada tamarineira e confirmar que o bom samba também mora em Mangueira. Afina, "onde eu cheguei, nem um mortal chegou, modesta parte nessa arte, Deus me consagrou e o meu canto ecoou por todo universo, até em Marte o meu samba fez sucesso!" Por tudo isso vou festejar, pois sou Cacique, sou Mangueira! Boa sorte a todos compositores.

Grupo de Acesso A - SINOPSE - Acadêmicos da Rocinha 2012

S I N O P S E


Hoje, eu um pombo, tão difamado na atualidade, porém como assíduo frequentador dos céus urbanos, peço licença para narrar a história do surgimento das praças e o quanto elas influenciaram o desenvolvimento social do Homem.

Em um voo milenar meus ancestrais gregos viram surgir a Ágora ateniense, amplo espaço aberto cercado de prédios públicos e mercados onde palpitava a vida política, social e econômica da cidade. Ornada com belos pórticos de finas colunatas onde homens de negócios discutiam seus interesses e todas as classes podiam interagir. Era lá que os políticos debatiam com o povo futuras decisões. Com a abertura do mercado, comerciantes e artífices se punham a negociar uma infinidade de produtos. Assim nascia para o mundo a praça, seu exemplo de convívio e democracia.

Já em terras brasileiras gerações passadas de minha família vinda da Europa, contaram ter visto do alto de um campanário, o centro nervoso da sociedade em uma cidade pequena do interior onde tudo acontecia. De um encontro amoroso a festividades religiosas de onde brotava um cheiro bom dos quitutes lá vendidos por senhoras religiosas. Os discursos políticos deixando crédulos esperançosos de mudanças em seus votos. Os acordes da banda no coreto convidavam todos a dançar. Ao cair da noite as luzes contornando a linda igreja, enfeitavam o passeio em família esperando o encantamento de uma sessão de cinema convidando todos a sonhar na praça da matriz onde o tempo teima em não passar.

Hoje me ponho a voar para ver o quanto estas Ágoras modernas têm a oferecer. Entre um amontoado de arranha-céus vejo espremido um pequeno Oasis na cidade grande. Pouso em um busto de ferro como tantos que homenageiam um herói ou personagem histórico. Vejo crianças brincando em lúdicas trapizongas de ferro, velhinhos que preenchem o tempo ganho pela aposentadoria jogando nos seus tabuleiros; enquanto outros descansam e leem seus jornais sentados nos bancos à sombra de uma árvore. Vejo nesta praça de bairro um refúgio, onde convivem em harmonia, esquecendo todas as diferenças, moradores de apertados "pombais" de concreto, isolados nas grandes cidades.

Em uma repentina revoada sou levado à periferia desta cidade. Lá pousando em uma trave de gol com minhas penas brancas lembro que sou um símbolo de paz, sentimento tão necessário para muitas comunidades que colocadas à margem da sociedade enfrentam todo o tipo de sorte. Assim em um terreno abandonado surge à esperança, uma praça de esportes. São quadras, pistas e aparelhos de ginástica que mudam a perspectiva de jovens que alcançam novos ideais e idosos ganham melhor qualidade de vida com atividade física. A praça mostra o poder que possui de reintegrar o cidadão.

Novamente me ponho a voar para longe chegando ao centro do poder político, Brasília! Plainando entre modernos prédios avisto uma multidão que em marcha bradam palavras de ordem empunhando bandeiras, ferramentas e faixas que expressam seus anseios. Essa procissão segue a caminho de um belo monumento erguido em nome dos trabalhadores, construtores desta cidade. E na Praça dos Três Poderes, lembro-me da Ágora grega e quanto ela se adaptou em terras brasileiras, sem perder a essência da democracia.

Pois é, depois de tanto voar e narrar essa história junto a esta comunidade, eu um simples pombo, espero ao fim deste desfile, na Ágora maior do samba a Apoteose, poder botar o nome Rocinha na praça, como a campeã do carnaval de 2012.

domingo, 22 de maio de 2011

Grupo de Acesso A - EXCLUSIVO - Acadêmicos da Rocinha 2012

O BateriaNOTADEZ divulga o logo oficial da Acadêmicos da Rocinha para o carnaval 2012. O enredo "Vou colocar teu nome na praça" será desenvolvido pelo carnavalesco Luiz Carlos Bruno.


Grupo de Acesso B - Arranco do Engenho de Dentro 2012

'Nasceu, balançou, dançou'


Esse será o tema do enredo do Arranco do Engenho de Dentro. O presidente revelou o enredo durante a festa do prêmio S@mbaNet ontem (21/05/2011). O Objetivo desse enredo é contar a história da dança. Em breve divulgaremos a SINOPSE da escola.

Foto: Reprodução de Internet

quinta-feira, 19 de maio de 2011

O Bateria NOTA DEZ cada vez mais presente no mundo do Carnaval!
De olho nas escolas dos Grupos ESPECIAL, ACESSO A e ACESSO B.

Aguardem Novidades!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Grupo Especial - Grande Rio Carnaval 2012

"Eu acredito em você. E você?"

Esse será o enredo da Acadêmicos do Grande Rio em 2012. Em breve divulgaremos a SINOPSE da escola...